WASHINGTON (Reuters) - A Ucrânia está pronta para negociar o fim da guerra iniciada pela invasão da Rússia há mais de duas semanas, mas não se renderá ou aceitará ultimatos, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Dmytro Kuleba, neste sábado.
Falando em um evento virtual da organização não-partidária e sem fins lucrativos Renew Democracy Initiative, Kuleba disse que vidas de civis seriam salvas se a Ucrânia tivesse caças e mais aviões de ataque para destruir longas colunas militares.
“Continuaremos a lutar. Estamos prontos para negociar, mas não aceitaremos ultimatos e rendições”, disse Kuleba, acrescentando que a Rússia estava apresentando demandas que eram “inaceitáveis”.
Comentando sobre a cidade ucraniana de Mariupol, no sul, o chanceler da Ucrânia disse que ela estava sitiada, mas ainda sob controle ucraniano.
A invasão da Rússia à Ucrânia que começou no fim de fevereiro resultou em mais de 2,5 milhões de refugiados, com países ocidentais se mexendo rapidamente para isolar a Rússia do comércio mundial e do sistema financeiro global.
O ministro das Relações Exteriores acrescentou que a Ucrânia precisa de mais remessas militares e que mais medidas eram necessárias para atingir a economia russa, apesar das recentes sanções.
(Reportagem de Lucia Mutikani em Washington e Kanishka Singh em Bengaluru)