Por Julia Harte
(Reuters) - Uma estátua do general confederado Robert E. Lee foi retirada de Charlottesville, Virginia, neste sábado, quase quatro anos depois de protestos supremacistas contra os planos de removê-la levarem a conflitos nos quais uma mulher morreu ao ser atropelada por um carro.
Pouco depois da retirada da estátua de Lee, a estátua do general confederado Thomas “Stonewall” Jackson também foi retirada de sua base em outro parque da cidade. Espectadores que se reuniram horas antes comemoraram quando as estátuas foram colocadas em um caminhão e levadas embora.
Estátuas homenageando líderes dos Confederados pró-escravidão na Guerra Civil nos Estados Unidos se tornaram foco de protestos contra o racismo nos últimos anos.
A retirada planejada da estátua de Lee em 2017 pelo campus universitário motivou uma manifestação de supremacistas brancos que se tornou fatal quando um homem que se auto-descreveu como neonazista avançou com um carro sobre a multidão e matou uma contra-manifestante, Heather Heyer, de 32 anos.
Semanas depois, a prefeitura de Charlottesville ordenou por unanimidade que a estátua de Jackson fosse retirada.
Cidadãos, incluindo a divisão da Virginia dos Filhos de Veteranos Confederados, processou Charlottesville pela retirada planejada. Em abril, o tribunal mais importante da Virginia decidiu que a cidade poderia remover as duas estátuas de generais confederados, revertendo a determinação da corte inferior que havia sustentado o processo.
Charlottesville manterá as estátuas guardadas até tomar uma decisão final sobre o que fazer com elas, disseram autoridades em um comunicado na sexta-feira. A cidade instalou uma barreira de proteção e designou zonas de proibido estacionar em torno dos parques em antecipação às retiradas de sábado, afirmou o comunicado.
(Reportagem de Julia Harte; Reportagem adicional de Ismail Shakil em Bengaluru)