O Secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, condenou os ataques relatados contra civis no Sudão pelas Forças de Apoio Rápido (RSF), grupo paramilitar do país. O chefe da ONU expressou sua consternação com a violência, que resultou em vítimas civis, detenções e deslocamentos, além de violência sexual contra mulheres e meninas, saques e queima de fazendas. Guterres ressaltou que esses atos podem representar graves violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, enfatizando a necessidade de responsabilização dos perpetradores.
O conflito no Sudão, que começou em meados de abril de 2023 em meio a uma luta pelo poder entre o exército sudanês e as RSF, levou a um deslocamento significativo, marcando a maior crise de deslocamento do mundo. As RSF têm sido amplamente responsabilizadas pela violência de motivação étnica, incluindo um incidente no mês passado onde pelo menos 124 pessoas foram supostamente mortas em uma aldeia no Estado de El Gezira. Apesar das acusações, as RSF negaram ter como alvo civis e acusaram o exército de armar civis em Gezira.
Em resposta à crise em curso, a Grã-Bretanha, que assumiu hoje a presidência do Conselho de Segurança, anunciou planos para introduzir um projeto de resolução visando melhorar a entrega de ajuda e a proteção de civis no Sudão. O Conselho de Segurança deve se reunir em 12 de novembro para abordar a situação. A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, representando a Grã-Bretanha no Conselho de Segurança, delineou os objetivos do projeto, que incluem o desenvolvimento de um mecanismo de conformidade para as partes em conflito e o apoio aos esforços de mediação para estabelecer cessar-fogos.
A resolução proposta será discutida no contexto da próxima expiração de uma autorização de três meses que permitiu à ONU e grupos de ajuda usar a passagem de fronteira de Adre com o Chade para assistência humanitária a Darfur. O atual governo do Sudão, apoiado pelo exército sudanês, expressou compromisso em facilitar as entregas de ajuda, mesmo em áreas controladas pelas RSF.
No entanto, a posição da Rússia sobre o assunto, conforme articulada pelo embaixador Vassily Nebenzia na segunda-feira, é que a decisão de manter aberta a passagem de fronteira de Adre deve ser deixada para o governo sudanês sem pressão externa. Nebenzia também enfatizou a oposição da Rússia à politização da ajuda humanitária e insistiu que tal assistência deve ser coordenada com as autoridades centrais do Sudão.
Reuters contribuiu para este artigo.
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