ROMA (Reuters) - O número de imigrantes que chagaram à Itália por mar caiu em um terço em 2017 ante o ano anterior, disse o Ministério do Interior neste domingo, com as autoridades líbias ajudando a atrasar as saídas durante o segundo semestre.
Mais de 119 mil pessoas foram para a Itália por barcos este ano, após um recorde de 181 mil que fizeram a travessia em 2016, disse o ministério em comunicado. Desde julho, as chegadas têm diminuído em mais de dois terços em relação a um ano antes.
“Nós pudemos controlar o fluxo porque fomos os primeiros a acreditar que um acordo com a Líbia seria algo decisivo”, disse o ministro do Interior, Marco Minniti, em entrevista ao Corriere della Sera comentando a redução.
Em fevereiro, a Itália assinou um acordo com o governo líbio apoiado pelas Nações Unidas, prometendo ajuda, equipamentos e treinamento em troca de sua ajuda no combate ao tráfico de pessoas. O acordo foi apoiado pela União Europeia.
Desde então, grupos armados apoiados pelo governo de Trípoli forçaram os traficantes na cidade de Sabratha – centro importante em direção à costa ocidental – a parar de enviar barcos. A Itália também aumentou a capacidade da guarda costeira líbia de fazer com que os barcos voltassem.
Mas grupos de direitos humanos e organizações humanitárias que operam barcos de resgate no Mediterrâneo criticaram a política, dizendo que ela aprisiona imigrantes em um país em que enfrentam um tratamento terrível, incluindo estupro, tortura e trabalho forçado.