Por David Brunnstrom e Katharine Jackson
WASHINGTON (Reuters) - Uma autoridade norte-americana no tema da Coreia do Norte realizou nesta semana uma chamada de vídeo com o enviado da China para temas da Península das Coreias, na qual ambos discutiram o aumento da cooperação militar entre Moscou e Pyongyang, afirmou nesta sexta-feira o Departamento de Estado norte-americano.
A autoridade norte-americana para a Coreia do Norte, Jung Pak, e seu par na China, Liu Xiaoming, também conversaram sobre o “comportamento cada vez mais desestabilizador” da Coreia do Norte, informou o Departamento de Estado em comunicado.
O órgão disse que a crescente cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte é “uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
Há tempos os russos participam das sanções da ONU aos norte-coreanos por causa do seu programa de mísseis balísticos e nucleares, mas intensificaram os laços com Pyongyang desde a invasão da Rússia à Ucrânia, em 2022.
Os EUA acusam a Coreia do Norte de fornecer à Rússia artilharia e mísseis que foram usados na Ucrânia. Os países negam as acusações, mas prometeram no ano passado intensificar suas relações militares.
O Kremlin afirmou na terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, deu ao líder norte-coreano, Kim Jong Un, uma limusine russa Aurus de presente. Na sexta-feira, Washington impôs sanções à montadora, como parte de um pacote de medidas contra os russos após a morte do líder da oposição, Alexei Navalny, e para marcar o segundo aniversário da invasão da Ucrânia.
As sanções e restrições comerciais também atingiram empresas chinesas que, segundo os EUA, estão ajudando a Rússia na guerra.
(Reportagem de Katharine Jackson e David Brunnstrom)