Por Yew Lun Tian e Yimou Lee e Ben Blanchard
PEQUIM/TAIPÉ (Reuters) - A China realizou exercícios de ataque perto de Taiwan nesta terça-feira, quando navios de guerra e caças fizeram manobras no litoral sudoeste e sudeste da ilha, o que as Forças Armadas do país disseram ser uma reação à "interferência externa" e a "provocações".
Taiwan, que Pequim reivindica como território chinês, queixa-se de exercícios frequentes do Exército de Libertação Popular (ELP) em sua vizinhança nos últimos dois anos, parte de uma campanha de pressão para forçar a ilha a aceitar a soberania chinesa.
Em um comunicado breve, o Comando do Teatro Leste do ELP disse que navios de guerra, aeronaves antissubmarino e caças foram enviados para as proximidades de Taiwan para realizarem "nossos exercícios conjuntos de ataque e outros usando tropas reais", sem dar detalhes.
Uma autoridade de alto escalão a par dos planejamentos de segurança de Taiwan disse à Reuters que a Força Aérea chinesa conduziu um exercício de "captura de supremacia aérea" usando os caças avançados J-16.
"Além de buscarem a supremacia aérea sobre Taiwan, eles também realizam reconhecimento eletrônico frequente e operações de interferência eletrônica", disse a fonte.
Taipé acredita que a China está tentando obter sinais eletrônicos de aeronaves dos Estados Unidos e do Japão para que possa "paralisar aeronaves de reforço, incluindo F-35s, em uma guerra", disse a fonte, referindo-se aos caças antirradar operados pelos norte-americanos.
A China jamais renunciou ao uso da força para submeter Taiwan a seu controle.