Por Mike Scarcella
(Reuters) - Os cinco adolescentes negros e hispânicos que foram condenados erroneamente pelo estupro de uma mulher que praticava corrida no Central Park em 1989 processaram Donald Trump por difamação nesta segunda-feira por conta das declarações do ex-presidente no debate do mês passado.
Conhecidos como os Cinco de Central Park, os réus passaram entre cinco e 13 anos na prisão antes de serem inocentados em 2002, com base em novas provas de DNA e na confissão de outra pessoa.
Trump, o candidato republicano à Casa Branca, afirmou falsamente durante o debate de 10 de setembro com a vice-presidente democrata Kamala Harris que os Cinco de Central Park haviam matado alguém e se declarado culpados.
A ação judicial, apresentada no tribunal federal da Filadélfia por Yusef Salaam, Raymond Santana, Kevin Richardson, Antron Brown e Korey Wise, considerou as declarações de Trump "comprovadamente falsas". Salaam é atualmente membro do conselho da Cidade de Nova York.
Um porta-voz da campanha de Trump nesta segunda-feira chamou o caso de "mais uma ação judicial fútil e interferência eleitoral apresentada por ativistas de esquerda desesperados".
Em comunicado, o advogado dos autores, Shanin Specter, disse que os comentários de Trump "os colocaram em uma luz prejudicialmente falsa e lhes causaram danos emocionais intencionais".
Specter negou qualquer motivação política na ação judicial. “Não estou comentando sobre política. Estamos buscando reparação em um tribunal”, disse ele.