WASHINGTON (Reuters) - A CNN informou que uma de suas correspondentes na Casa Branca, Kaitlin Collins, foi excluída da cobertura de um dos eventos do presidente Donald Trump nesta quarta-feira, provocando uma reclamação da Associação de Correspondentes da Casa Branca.
Collins foi barrada de um evento no Rose Garden por fazer perguntas em um evento anterior sobre uma gravação de Trump supostamente discutindo com seu ex-advogado Michael Cohen uma forma de pagar uma ex-modelo da Playboy, Karen McDougal, para manter silêncio sobre um suposto caso com Trump.
Collins perguntou sobre a gravação de áudio em uma sessão de fotos no Salão Oval enquanto Trump se reunia com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
A CNN informou em comunicado que o diretor de Comunicações da Casa Branca, Bill Shine, e a secretária de imprensa, Sarah Sanders, disseram a Collins que suas perguntas foram "inapropriadas" e que ela não poderia participar de um evento no Rose Garden, durante o qual Trump e Juncker anunciaram diálogo sobre comércio.
"Esta decisão de proibir um integrante da imprensa é retaliação por natureza e não é indicativa de uma imprensa aberta e livre", disse a CNN.
Trump frequentemente reclama da cobertura da CNN sobre sua Presidência, dizendo que a considera injusta. A Casa Branca não fez nenhum comentário imediato sobre a declaração da CNN.
Olivier Knox, presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca, criticou a decisão da administração Trump.
"Condenamos veementemente a decisão equivocada e inadequada da Casa Branca de impedir um dos nossos membros de participar de um evento de imprensa aberto depois que ela fez perguntas que eles não gostaram", disse Knox em um comunicado.
(Reportagem de Steve Holland)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR ES