(Reuters) - Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a parlamentares sob juramento no ano passado que não sabia se o então candidato à Presidência estava ciente de uma reunião com russos na Trump Tower em 2016, disseram três fontes a par do depoimento de Cohen ao site de notícias Axios.
A reportagem contradiz outros veículos de notícias, que no último mês relataram que Cohen estava disposto a contar ao procurador especial Robert Mueller que Trump sabia da reunião com os russos de antemão.
Cohen testemunhou em 2017 perante o Comitê de Inteligência do Senado. De acordo com três fontes, Cohen não só disse que ele mesmo não teve conhecimento prévio do encontro, mas que não fazia ideia se Trump teve, segundo o Axios.
Na reunião de junho de 2016 na Trump Tower, russos propuseram oferecer informações prejudiciais sobre sua então rival democrata, Hillary Clinton. O filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., seu genro, Jared Kushner, e o gerente de campanha Paul Manafort participaram do encontro com Nataliya Veselnitskaya, advogada russa e informante conhecida do Kremlin.
Cohen se declarou culpado na terça-feira de oito acusações criminais de sonegação fiscal, fraude bancária e violações de finanças de campanha. Ele disse a um tribunal federal de Manhattan que Trump o instruiu a planejar pagamentos antes da eleição presidencial de 2016 para silenciar duas mulheres que disseram ter tido um caso com o então candidato.
Na quarta-feira a Casa Branca reagiu com vigor às insinuações de que o acordo de confissão de culpa firmado por Cohen implica o presidente em algum crime.
(Por Aishwarya Venugopal, em Bengaluru)