Por Arshad Mohammed
PARIS (Reuters) - Portando flores e com francês fluente, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ofereceu à França nesta sexta-feira suas condolências e "um abraço" pelas mortes de semana passada em ataques de islamistas.
A visita de Kerry ocorre depois que os Estados Unidos não enviaram um representante de alto nível para comparecer à marcha de domingo em Paris, uma omissão que gerou uma série de críticas internamente e levou a uma rara admissão pela Casa Branca de que errou.
Embora Kerry e seus assessores tenham ressaltado que ele não estava tentando compensar a ausência de domingo, suas palavras e atitudes buscaram transmitir a solidariedade dos EUA com a França, seu mais antigo aliado.
O chanceler norte-americano depositou coroas de lírios brancos e rosas vermelhas nos locais dos dois ataques, nos escritórios do jornal semanal de sátiras Charlie Hebdo e em um supermercado judeu da capital francesa. Dezessete pessoas foram mortas por três ofensores, também mortos.
"Hoje eu quis estar aqui, em casa com vocês, entre vocês", disse Kerry em um fluente francês com sotaque norte-americano.
"Eu quis dizer a vocês pessoalmente o horror e a repugnância que todos os norte-americanos sentem em relação à esses ataques covardes e desprezíveis contra vítimas inocentes e valores fundamentais", acrescentou, tropeçando na pronúncia da palavra francesa para "repugnância".