Por Roberta Rampton
ANCHORAGE, EUA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou na segunda-feira ao Estado do Alasca para uma visita de três dias destinada a mostrar como o derretimento do gelo no local e a erosão da orla costeira são um prenúncio do que está por vir, a menos que o mundo faça mais para combater as mudanças climáticas.
Com 16 meses faltando para deixar o cargo, Obama tenta buscar apoio para novas e duras normas sobre as emissões de carbono por parte das usinas de energia antes de um esperado acordo climático internacional durante uma cúpula da ONU sobre o clima, em Paris, em dezembro, que poderia cimentar seu legado sobre a questão.
"Nenhuma das nações representadas aqui está se movendo rápido o suficiente", disse Obama em reunião de ministros das Relações Exteriores de países com interesses no Ártico. "Este ano, em Paris, tem que ser o ano em que o mundo finalmente chegue a um acordo para proteger o único planeta que temos enquanto ainda podemos", disse Obama.
A Casa Branca informou que Obama irá anunciar esta semana novas políticas para ajudar as comunidades do Ártico a se adaptarem às mudanças climáticas. Mas o principal objetivo de sua viagem é chamar a atenção para as ameaças que pesam sobre o Estado e assim convencer os norte-americanos a reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a produção de energia renovável.
A promoção da viagem começou no domingo, com o anúncio de que Obama iria renomear a montanha mais alta da América do Norte, que passará a chamar-se Denali, o nome nativo e tradicional no Alasca de um cume que os mapas e turistas atualmente chamam de Monte McKinley.
Obama tirou uma foto do Denali a bordo do Air Force One e postou no Instagram, pouco antes da reunião com um grupo de líderes dos nativos do Alasca.
Nesta terça-feira e na quarta, Obama planeja deixar Anchorage para caminhadas numa enorme geleira em Seward, cujo tamanho está diminuindo.
(Reportagem adicional de Steve Quinn, em Juneau)