Por Ahmed Rasheed
BAGDÁ (Reuters) - Um alto comandante do Iraque prevê expulsar o Estado Islâmico de Mosul em maio, apesar da resistência dos militantes no populoso distrito da Cidade Velha.
A batalha deve ser concluída "em um máximo de três semanas", disse o chefe de gabinete do exército iraquiano, o tenente-general Othman al-Ghanmi, em entrevista ao jornal estatal al-Sabah neste domingo.
Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos está dando suporte aéreo e terrestre à ofensiva em Mosul, a maior cidade no norte do Iraque, tomada pelos extremistas sunitas em junho de 2014.
O Estado Islâmico já perdeu o controle da maioria dos distritos da cidade desde o início da ofensiva em outubro e agora está cercado no noroeste, incluindo no centro histórico da Cidade Velha.
A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que até 500 mil pessoas continuem na área ainda controlada por militantes extremistas em Mosul, sendo 400 mil na Cidade Velha, com pouca comida e água e nenhum acesso a hospitais.
O número total de combatentes alinhados contra o Estado Islâmico em Mosul excede 100 mil. Forças iraquianas estimam que entre 200 e 300 militantes do grupo extremista ainda estejam na cidade, a maioria deles estrangeiros, ante quase 6 mil quando a ofensiva teve início.
Milhares de pessoas foram mortas até agora na batalha, incluindo civis e militares, conforme organizações de ajuda internacional. O total de pessoas deslocadas de Mosul desde outubro chega a 400 mil, o que representa quase 20 por cento da população que a cidade tinha antes de ser capturada pelo Estado Islâmico.