Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Um comitê parlamentar que investiga o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos Estados Unidos apresentou seus primeiros pedidos por documentos a agências governamentais nesta quarta-feira, incluindo comunicações envolvendo alguns dos conselheiros mais próximos e familiares do ex-presidente Donald Trump.
O Comitê Selecionado da Câmara dos Deputados solicitou os registros de comunicações da Casa Branca até 6 de janeiro. O painel também fez muitos pedidos de material dos departamentos de Defesa, Segurança Interna, Justiça, FBI, Centro Nacional de Contraterrorismo e Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional.
O presidente do comitê, o deputado democrata Bennie Thompson, deu às agências duas semanas (até 9 de setembro) para produzirem os materiais, e deve fazer novas solicitações à medida que a investigação avança.
"Nossa Constituição prevê uma transferência pacífica de poder e esta investigação busca avaliar as ameaças a esse processo, identificar as lições aprendidas e recomendar leis, políticas, procedimentos, regras ou regulamentos necessários para proteger nossa república no futuro", escreveu Thompson em uma carta para a Administração Nacional de Arquivos e Registros.
Apoiadores de Trump invadiram o Capitólio enquanto o Congresso se reunia para certificar a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial e atrasaram esse processo por várias horas. O então vice-presidente Mike Pence, membros do Congresso, autoridades e jornalistas tiveram que fugir dos manifestantes.
Quase 600 pessoas foram presas por ligação com o ataque ao Capitólio.