Por Soo-hyang Choi
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte condenou os exercícios militares anuais entre Estados Unidos e Coreia do Sul, alertando sobre a possibilidade de "uma guerra termonuclear" após acordos trilaterais assinados em Camp David terem aumentado os laços entre os líderes dos EUA, da Coreia do Sul e do Japão.
Coreia do Sul e EUA iniciaram nesta segunda-feira os exercícios do Escudo de Liberdade Ulchi, desenhados para melhorar a resposta conjunta às ameaças nucleares e de mísseis dos norte-coreanos. Há tempos Pyongyang classifica as ações como um ensaio de guerra. Em comentários feitos à agência de notícias KCNA, a Coreia do Norte afirmou que o encontro entre EUA, Coreia do Sul e Japão em Camp David, na sexta-feira, teve como objetivo formular uma "provocação de guerra nuclear". "Se os acordos fabricados em Camp David forem postos adicionalmente em prática nos exercícios... a possibilidade de uma guerra termonuclear na Península das Coreias se torna mais real", disse o comentário. No primeiro encontro apenas entre os três países, norte-americanos, sul-coreanos e japoneses concordaram em aumentar a cooperação econômica, em um momento no qual o trio busca mostrar unidade contra o crescente poder da China e as ameaças nucleares norte-coreanas. Os comentários da Coreia do Norte realçam que a situação exige que seus militares "tomem a iniciativa, a ofensiva e a ação esmagadora para uma guerra", embora o país não tenha dado mais detalhes. A Coreia do Norte tem dito que lançará um satélite entre 24 e 31 de agosto, em direção ao Mar Amarelo e ao Mar da China Oriental, informou nesta terça-feira a Guarda Costeira japonesa, após uma tentativa fracassada em maio.
Parlamentares sul-coreanos afirmaram que a Coreia do Norte pode testar mísseis balísticos intercontinentais ou tomar ações militares para protestar contra os exercícios dos aliados dos EUA ou o encontro da semana passada entre os líderes dos países.