SEUL/NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Coreia do Norte disse neste sábado que pretende alcançar um "equilíbrio" de força militar com os Estados Unidos, que indicaram que sua paciência para diplomacia está acabando após Pyongyang disparar um míssil cruzando o Japão pela segunda vez em menos de um mês.
"Nosso objetivo é estabelecer o equilíbrio da força real com os EUA e fazer com que os governantes norte-americanos não se atrevam a falar sobre uma opção militar", disse o líder norte-coreano Kim Jong Um, segundo a agência de noticias estatal KCNA.
Kim acrescentou que o objetivo do país de desenvolver sua força nuclear "está quase concluído".
Após o mais recente lançamento de mísseis na sexta-feira, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, H. R. McMaster, disse que os EUA estão ficando sem paciência com os programas nuclear e de mísseis norte-coreanos.
"Para aqueles ... que comentaram a falta de uma opção militar, há essa opção", disse McMaster, acrescentando que não seria a escolha preferida da administração Trump.
Também na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) condenou o lançamento de mísseis provocativos pela Coreia do Norte. A ONU já havia intensificado sanções contra o país em resposta a um teste de bomba nuclear em 3 de setembro.
A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, fez corro ao forte posicionamento de McMaster.
"O que estamos vendo é que eles continuam a ser provocativos, a ser imprudentes e nesse ponto não há muito o que o Conselho de Segurança será capaz de fazer a partir daqui, quando já cortou 90 por cento do comércio e 30 por cento das exportações de petróleo da Coreia do Norte".
Trump disse que está "mais confiante do que nunca que as opções para lidar com essa ameaça são efetivas e esmagadoras". Ele também prometeu não permitir que a Coreia do Norte ameace os Estados Unidos com um míssil nuclear.
(Por Christine Kim e Michelle Nichols)