PANMUNJOM, Coreia do Sul (Reuters) - A Coreia do Norte violou um acordo de armistício com a Coreia do Sul neste mês, quando soldados norte-coreanos balearam e feriram um colega que desertou cruzando a fronteira entre os dois países, e não deve fazê-lo novamente, alertou o ministro da Defesa sul-coreano nesta segunda-feira.
O desertor, um soldado norte-coreano identificado somente pelo sobrenome Oh, ficou gravemente ferido, mas se recupera em um hospital da Coreia do Sul.
O incidente ocorreu em um momento de tensões altas entre Pyongyang e a comunidade internacional devido ao programa de armas nucleares norte-coreano, mas o regime não respondeu publicamente à deserção na fronteira.
O titular sul-coreano da Defesa, Song Young-moo, fez o alerta ao vizinho do norte durante uma visita à divisa, onde elogiou os soldados de seu país em uma Área de Segurança Conjunta no chamado Vilarejo da Trégua de Panmunjom, na zona desmilitarizada, por resgatarem o desertor.
Um guarda de fronteira norte-coreano cruzou brevemente a divisa quando perseguia o desertor no dia 13 de novembro, como mostrou um vídeo divulgado pelo Comando das Nações Unidas em Seul, uma violação do acordo de cessar-fogo entre as Coreias firmado no final da Guerra da Coreia de 1950-53.
"Atirar na direção do sul contra um desertor, isso é uma violação do acordo de armistício", disse Song. "Cruzar a linha de demarcação militar, uma violação".
"Portar rifles automáticos (na Área de Segurança Conjunta), outra violação", acrescentou o ministro perto de onde os soldados sul-coreanos encontraram Oh desmaiado e sangrando devido aos ferimentos.
"A Coreia do Norte deveria ser informada de que este tipo de coisa nunca mais deveria ocorrer".
Há relatos de que, depois da deserção, Pyongyang substituiu os guardas postados no local. Soldados fortaleceram uma seção da área com o objetivo de impedir novas deserções escavando uma trincheira e plantando árvores.
(Por Do-gyun Kim)