Por Se Young Lee
SEUL (Reuters) - A agência de inteligência da Coreia do Sul não acredita que a Coreia do Norte dominou a tecnologia de reentrada para seu programa de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês), disse um parlamentar sul-coreano nesta terça-feira, questionando o relato de Pyongyang.
A Coreia do Norte lançou o que se supõe ser um ICBM capacitado para ogivas nucleares na semana passada, levando adiante seus programas nuclear e de mísseis em desafio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).
A mídia estatal de Pyongyang disse que o teste da semana passada comprovou a reentrada atmosférica da ogiva instalada no míssil de teste, que especialistas dizem possivelmente ter capacidade de atingir o Estado norte-americano do Alasca.
Mas Yi Wan-young, que também é membro do comitê de inteligência do Parlamento da Coreia do Sul, disse a repórteres durante uma entrevista televisionada que o Serviço de Inteligência Nacional de seu país não conseguiu confirmar o sucesso da reentrada.
"Considerando que a Coreia do Norte não tem quaisquer instalações de teste (de tecnologia de reentrada), a agência acredita que (a Coreia do Norte) ainda não desenvolveu esta tecnologia", disse.
Segundo Yi, a agência crê que o míssil disparado na semana passada era uma versão modificada do míssil de alcance intermediário KN-17 que foi testado em maio.
Ele também disse que a agência não detectou nenhuma atividade incomum na instalação de testes nucleares norte-coreana de Punggye-ri.