Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - Autoridades graduadas de defesa da Coreia do Sul e dos Estados Unidos se reuniram em Seul nesta segunda-feira para trabalhar em novas diretrizes para coordenar sua resposta a qualquer ameaça nuclear da Coreia do Norte, segundo autoridades.
As diretrizes estabeleceram os princípios e procedimentos para manter e aprimorar uma política e postura de dissuasão nuclear "confiável e eficaz", de acordo com uma declaração conjunta da terceira conversa a portas fechadas dos aliados sobre o assunto.
A reunião do Grupo Consultivo Nuclear ocorreu em meio a sinais de que a Coreia do Norte está agindo para desenvolver suas armas nucleares e sistemas de lançamento.
Alguns políticos sul-coreanos, incluindo membros do alto escalão do partido do presidente Yoon Suk Yeol, pediram que Seul desenvolvesse suas próprias armas nucleares em vez de depender apenas do guarda-chuva nuclear dos EUA, uma medida à qual Washington se opõe.
A reunião de segunda-feira deu continuidade à cúpula do ano passado, quando os Estados Unidos prometeram dar à Coreia do Sul mais informações sobre seu planejamento nuclear para qualquer conflito com o Norte.
Vipin Narang, secretário adjunto interino de defesa dos EUA para política espacial, que copresidiu as conversações, disse que as diretrizes estabelecem uma arquitetura para a forma como os aliados integram as capacidades convencionais e nucleares que serão, em última instância, fornecidas à liderança de cada país em uma crise.
"As diretrizes abrangem os princípios e procedimentos para consultas, especialmente em uma crise nuclear da Coreia do Norte, e informam os conceitos e exercícios operacionais da aliança", disse Narang em uma coletiva de imprensa.
Cho Chang-rae, vice-ministro da Defesa da Coreia do Sul para políticas, afirmou que autoridades de alto nível dos dois países realizarão um exercício de simulação antes dos exercícios regulares de verão, com foco na possibilidade de a Coreia do Norte usar uma arma nuclear.
As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra depois que o conflito de 1950-53 terminou em um armistício, não em um tratado de paz.
((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS TR