Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - As duas Coreias reativaram nesta segunda-feira as linhas diretas que Pyongyang cortou meses atrás, e a Coreia do Norte pediu que Seul intensifique os esforços para melhorar as relações depois de criticar o que classificou como dois pesos e duas medidas no desenvolvimento de armas.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, expressou na semana passada sua disposição para reativar as linhas diretas, que seu país interrompeu no início de agosto em protesto contra exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, poucos dias depois de reabri-las pela primeira vez em um ano.
A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA havia dito que as conexões telefônicas seriam religadas nesta segunda-feira às 9h.
Seul confirmou que as comunicações ocorridas duas vezes por dia foram retomadas no horário através de linhas diretas militares e outras a cargo do Ministério da Unificação, exceto o canal da Marinha, estabelecido em uma rede internacional para navios mercantes.
As linhas diretas são uma ferramenta rara para aproximar os rivais, mas não ficou claro se a religação facilitará uma volta significativa às conversas que visam desmantelar os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte em troca de um alívio das sanções dos EUA.
O Ministério da Defesa sul-coreano disse que as linhas diretas ajudam e evitar choques inesperados e que se espera que sua reativação leve a um abrandamento considerável da tensão militar.
Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado disse que as linhas reativadas são "um componente importante para se criar um ambiente mais estável na Península Coreana".
(Reportagem adicional de David Brunnstrom em Washington)