RIO DE JANEIRO (Reuters) - O orçamento do plano de política pública para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, aumentou 2 por cento (cerca de 500 milhões de reais) entre abril do ano passado e abril deste ano, de acordo com atualização feita pelas três esferas do governo, nesta sexta-feira.
Elas apontaram ainda que 24 dos 27 projetos de mobilidade, transformação urbana e outros estimulados pelo evento esportivo estão em fase de execução e três deles foram concluídos, a menos de um ano e meio dos Jogos.
"A evolução é adequada, estamos dentro do cronograma e a perspectiva é que todos vão ser entregues nos prazos para atender compromisso com o COI (Comitê Olímpico Internacional)", disse a jornalistas o presidente interino da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso.
Em abril do ano passado, essas obras no Rio que foram antecipadas ou aceleradas por conta da Olimpíada tinham um orçamento de 24,1 bilhões de reais e agora, em abril de 2015, esse montante subiu para 24,6 bilhões de reais.
"No ano passado havia projetos sem orçamento previsto e agora já temos", declarou o executivo da APO.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que o valor de 24,6 bilhões de reais não deverá sofrer nova atualização.
"Cem por cento das obras ou estão em execução ou estão prontas...Hoje temos uma certeza muito maior desse valor porque estamos muito mais perto da data e as obras estão muito mais avançadas", afirmou o prefeito.
"Um aumento aqui ou acolá pode acontecer, mas estamos mais próximos da realidade. Vamos trabalhar para manter esse orçamento", completou.
Dos 27 projetos de política pública, 14 são de responsabilidade da prefeitura, 10 do Estado e três do governo federal.
O gasto previsto da prefeitura para esses projetos é de 14,3 bilhões de reais, sendo 64 por cento bancados com recursos privados.
Já o Estado tem um orçamento de 9,9 bilhões de reais para 10 projetos, sendo que 86 por cento tem como fonte o tesouro estadual, enquanto as três obras da alçada federal tem um custo de 264 milhões de reais --89 por cento do Ministério do Esporte e outros 11 por cento do Ministério da Educação.
Dessa forma, os 27 projetos do plano de legado têm 57 por cento dos recursos públicos.
Em julho do ano passado, o custo das obras exclusivas para os Jogos Olímpicos de 2016 passou de 5,6 bilhões de reais para 6,5 bilhões de reais, com a inclusão de novos projetos, principalmente o Complexo Esportivo de Deodoro.
Com a nova atualização anunciada nesta sexta, o orçamento total da Olimpíada do Rio sobe para 38,1 bilhões de reais, dos quais 24,6 bilhões de reais são para essas obras de infraestrutura na cidade e 7 bilhões de reais são para a operação do comitê organizador dos Jogos.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)