Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Importantes senadores democratas disseram ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira que faça um acordo que não deixe a Coreia do Norte com armas nucleares, e ameaçaram manter ou endurecer as sanções contra Pyongyang se essa condição não for atendida.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, e correligionários de comitês de segurança nacional divulgaram uma carta a Trump delineando exigências para um pacto, que disseram que precisa ser permanente.
Trump planeja uma cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em 12 de junho, o lance mais recente da diplomacia de grandes expectativas em torno das tentativas norte-americanas de eliminar o programa de armas nucleares de Pyongyang.
Os democratas também cobraram que Trump seja duro com a China, aliada de Kim, para que ela "faça tudo que puder para ajudar a obter um acordo e depois insista em um cumprimento norte-coreano rígido de tal acordo".
Amenizar sanções propostas em um acordo provavelmente exigiria aprovação do Congresso, que apoiou tais punições contra a Coreia do Norte. Como a maior parte das medidas legislativas necessita de 60 votos no Senado de 100 membros e os republicanos de Trump só têm 51 cadeiras, isso demandaria apoio democrata.
As exigências democratas a Pyongyang incluem o desmonte e a remoção de toda arma nuclear, química e biológica, o fim da produção e do enriquecimento de urânio para uso em armas e o desmonte permanente de sua infraestrutura de armas nucleares.
Os democratas disseram que a Coreia do Norte também precisa concordar com a suspensão dos testes de mísseis balísticos e se comprometer com inspeções rigorosas.