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Dilma rejeita ter cometido erros na condução da economia e reclama de pessimismo

Publicado 28.07.2014, 19:28
Dilma rejeita ter cometido erros na condução da economia e reclama de pessimismo

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff rechaçou nesta segunda-feira ter cometido erros na condução da economia brasileira na sua gestão e reclamou do clima de pessimismo nessa área, mas admitiu que houve uma avaliação equivocada do governo sobre os impactos da crise financeira internacional no Brasil.

"O mesmo pessimismo que houve com a Copa (do Mundo) está havendo com a economia. E como economia é na expectativa, é muito mais grave", disse Dilma, ao participar de sabatina organizada pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, rádio Jovem Pan e Rede SBT, realizada no Palácio da Alvorada.

Os quatro anos do governo Dilma vêm sendo marcados por baixo crescimento e inflação perto do teto da meta, que é de 4,5 por cento ao ano com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

"Minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira", disse a presidente, repetindo que a inflação "não está descontrolada."

Dilma voltou a frisar que o governo tentou criar condições para que o desenvolvimento industrial não fosse prejudicado. "O setor que fizemos o maior empenho foi para indústria. O crescimento industrial é condição para o país desenvolver. Não podemos ser um país só agrícola", argumentou.

"Vamos olhar um país muito industrializado, a Alemanha? Há sete meses o índice de confiança da indústria alemã cai... Como é que a indústria cresce nesse quadro? Você tem uma crise, uma crise que muda o quadro", prosseguiu.

Questionada sobre se manteria Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda e Alexandre Tombini como presidente do Banco Central num eventual segundo mandato, a petista não quis responder. "Não é hora de falar sobre ministério."

SANTANDER

A presidente demonstrou irritação com uma comunicação do Santander a clientes de alta renda na semana passada, na qual o banco afirmava que a reeleição de Dilma poderia agravar o cenário econômico. "Acho muito perigoso especular em períodos eleitorais", disse.

Dilma considerou a postura do banco "lamentável", dizendo ser "inadmissível" aceitar qualquer interferência de um setor na economia e nas eleições. Para ela, o pedido de desculpas do Santander para o episódio foi "muito protocolar". A comunicação mensal para clientes de alta renda do Santander Brasil, intitulada "Você e seu dinheiro", observou que uma queda na popularidade de Dilma ajudou a desencadear uma alta recente no mercado de ações brasileiro, uma visão comum entre economistas e investidores que acreditam que políticas intervencionistas do governo atual têm contribuído para a fraqueza econômica do Brasil.

A nota dizia ainda que o mercado poderia reverter parte da alta recente se a popularidade da presidente se estabilizasse ou melhorasse nas pesquisas de opinião, o que irritou membros do governo e do PT. Perguntada se pretende processar o banco, Dilma disse que vai "conversar".

REJEIÇÃO

Sobre sua taxa de rejeição, em torno dos 35 por cento de acordo com as pesquisas mais recentes, Dilma disse que é normal se comparada com a de outros presidentes que disputaram a reeleição nesse período da campanha. Ela acredita que poderá reverter esse quadro, principalmente junto ao eleitorado de São Paulo, com o início do programa eleitoral na televisão.

ISRAEL

A presidente afirmou ainda que o Brasil tem uma relação de amizade com Israel e lamentou as declarações de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores daquele país, que classificou o Brasil como "anão diplomático", depois que o Itamaraty condenou a ação em Gaza e determinou a volta do embaixador brasileiro para ouvir esclarecimentos.

© Reuters. Presidente Dilma Rousseff durante evento em Brasília

"(O que está acontecendo em Gaza) não é um genocídio... mas é um massacre", afirmou a petista. "Está havendo uma ação desproporcional, que tem que acabar", afirmou.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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