Por Zachary Fagenson
MIAMI (Reuters) - Equipes de resgate vasculhavam os escombros de uma passarela de pedestres da Universidade Internacional da Flórida que desabou sobre várias pistas de tráfego, mas a esperança de encontrar mais sobreviventes estava diminuindo na manhã desta sexta-feira, disse a polícia.
Seis pessoas tiveram suas mortes confirmadas depois que a ponte de 950 toneladas recém-construída caiu, esmagando veículos em uma das estradas mais movimentadas do sul da Flórida na quinta-feira.
"Infelizmente isto se transformou de resgate em operação de recuperação", disse um porta-voz da polícia de Miami-Dade na manhã desta sexta-feira. O número de mortos pode aumentar, já que mais veículos ainda podem estar debaixo do concreto e do metal retorcido, acrescentou.
Socorristas com cães farejadores buscaram sinais de vida durante a madrugada. Ao menos 10 pessoas foram levadas a hospitais e duas se encontram em estado grave, informaram autoridades e a mídia local.
Testemunhas disseram à mídia local que os veículos estavam parados em um farol quando a ponte desmoronou sobre eles perto das 13h30 locais da quinta-feira.
A certa altura a polícia pediu que os helicópteros das televisões deixassem a área para que os agentes de resgate tentassem ouvir sons de pessoas pedindo ajuda sob a estrutura desabada, disse a rede CBS Miami.
A incerteza a respeito da estabilidade das seções remanescentes da ponte dificulta os esforços de resgate, disseram autoridades.
"A estrutura está muito frágil, é muito perigoso para os agentes de resgate", explicou o porta-voz da polícia em uma coletiva de imprensa no início da manhã. "Toda a ponte está em perigo".
A ponte de 53 metros de comprimento liga a universidade à cidade de Sweetwater e havia sido inaugurada no sábado em seis horas sobre a rodovia de seis faixas, de acordo com um relato publicado no site da universidade.
"Se alguém fez algo errado, iremos responsabilizá-lo", disse o governador da Flórida, Rick Scott, em uma coletiva de imprensa na noite de quinta-feira. Mais cedo seu escritório havia emitido um comunicado dizendo que uma empresa contratada para inspecionar a ponte não foi pré-aprovada pelo Estado norte-americano.
A estrutura de 14,2 milhões de dólares foi projetada para suportar um furacão de Categoria 5, o mais forte da escala do Centro Nacional de Furacões, e durar ao menos 100 anos, segundo a universidade.
(Reportagem adicional de Gina Cherelus, Joseph Ax, Daniel Wallis e Andrew Hay em Nova York, Scott Malone em Boston, Bernie Woodall em Fort Lauderdale, James Oliphant em Washington, Keith Coffman no Colorado e Dan Whitcomb em Los Angeles e Rich McKay em Atlanta)