Por Michael Martina e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - O diretor da CIA, William Burns, visitou a China no mês passado para conversas com colegas chineses, disseram duas autoridades norte-americanas nesta sexta-feira, enquanto Washington busca aumentar as comunicações com Pequim.
"No mês passado, o diretor Burns viajou para Pequim, onde se encontrou com colegas chineses e enfatizou a importância de manter linhas de comunicação abertas nos canais de inteligência", disse um dos funcionários à Reuters.
A notícia da visita do chefe da agência de inteligência dos EUA, relatada pela primeira vez pelo Financial Times, ocorre quando o governo do presidente Joe Biden pressiona para manter as linhas abertas e agendar reuniões entre vários altos funcionários em Washington e Pequim em meio a relações tensas.
Burns, um veterano diplomata dos EUA antes de liderar a CIA, fez dezenas de viagens ao exterior como chefe da agência, inclusive para manter conversas com colegas russos, assim como com o Talibã no Afeganistão. As autoridades americanas têm o cuidado de enfatizar que suas missões relacionadas à inteligência não estão diretamente ligadas à diplomacia dos EUA.
A CIA, que não anuncia regularmente tais visitas, recusou-se a comentar a viagem à China.
Os laços entre as duas maiores economias do mundo estão tensos por questões que vão desde o histórico de direitos humanos de Taiwan e da China até a atividade militar no Mar da China Meridional.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, adiou uma viagem planejada para fevereiro à China depois que um suposto balão espião chinês voou pelo espaço aéreo dos EUA sobre locais militares sensíveis, dando início a uma crise diplomática.
(Reportagem de Michael Martina, Jonathan Landay, David Brunnstrom e Susan Heavey em Washington)