Por Robin Emmott e John Irish e Andreas Rinke
BRUXELAS (Reuters) - Tentativas da França e da Alemanha de colocar um fim ao conflito no leste da Ucrânia correm o risco de aumentar tensões que já crescem na União Europeia sobre como lidar com a Rússia e podem complicar esforços de paz.
Progressos em negociações entre enviados russos e ucranianos aumentaram esperanças de convocar a primeira cúpula internacional em três anos para encerrar confrontos entre separatistas pró-Rússia e forças do governo ucraniano.
No entanto, alguns Estados da União Europeia, embora elogiem uma cúpula que irá envolver França, Alemanha, Ucrânia e Rússia, estão preocupados com conversas de que a UE pode suspender parcialmente sanções impostas sobre Moscou desde a tomada da Crimeia da Ucrânia, em 2014.
Divisões dentro da UE sobre como lidar com Moscou têm crescido por aberturas ao Kremlin nos meses recentes, lideradas por Paris.
Comentários do presidente francês, Emmanuel Macron, irritaram especialmente governos em países da UE que já foram Estados satélite soviéticos ou repúblicas constituintes. Alarmados pelo que veem como uma política externa agressiva da Rússia, eles rejeitam qualquer coisa que pode parecer apaziguamento.
"Iremos recompensar a Rússia por ela não ter feito nada grotesco nestes últimos meses?", perguntou um diplomata da UE.
Em encontros, cartas e discursos da UE, divisões sobre a Rússia que já estiveram sob controle estão ressurgindo, segundo diplomatas.
(Reportagem de John Irish de Paris, Andreas Rinke de Berlim, Reportagem adicional de Ekaterina Golubkova em Moscou)