Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - Doadores internacionais estão planejando uma conferência em Kiev em abril para arrecadar pelo menos 15 bilhões de dólares para ajudar a salvar a Ucrânia da falência e reconstruir o país, afirmou uma autoridade de alto escalão da União Europeia nesta segunda-feira.
Já sob um programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Ucrânia busca um aumento no socorro estrangeiro para sanar uma carência de fundos estimada em 15 bilhões de dólares, enquanto os combates no leste drenam seu tesouro.
"Não podemos esperar até que o conflito esteja resolvido", declarou o comissário europeu Johannes Hahn, responsável pela política regional da UE, a um pequeno grupo de repórteres.
Entre os doadores estão UE, Estados Unidos, Japão, bancos de desenvolvimento e a Organização das Nações Unidas (ONU), que se reuniram em julho para discutir maneiras de ajudar a Ucrânia, mas muitos querem primeiro ver Kiev encaminhar uma lista abrangente de suas necessidades de investimento.
Hahn, que enfatizou que a Ucrânia deve tratar os doadores como investidores que esperam a devolução do dinheiro, disse que o governo ucraniano prometeu ter o plano pronto até meados de fevereiro, o que permitiria a marcação de uma data exata para a conferência.
"Estamos contando com um roteiro bastante abrangente dos ucranianos", afirmou Hahn. "Queremos metas que possam ser medidas a cada trimestre. Temos que evitar (que o dinheiro vá para) um poço sem fundo".
Hahn declarou ainda que os doadores internacionais precisam decidir entre si uma lista única de reformas que a Ucrânia teria que realizar em troca dos fundos, em vez de sujeitar Kiev às várias exigências de cada país doador e do FMI.
O fundo e vários governos concordaram ou prometeram um total de 35 bilhões de dólares em empréstimos e garantias de empréstimos à Ucrânia ao longo do ano passado, mas, com exceção do programa do FMI, a maior parte do dinheiro ainda tem que ser desembolsada, e há pouca coordenação.