Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um juiz de Nova York rejeitou nesta sexta-feira o pedido de Donald Trump de anulação do julgamento no processo de fraude civil movido contra ele pela procuradora-geral do Estado, Letitia James, depois que o ex-presidente dos Estados Unidos acusou o juiz e sua assistente jurídica de serem politicamente enviesados.
O juiz Arthur Engoron, do tribunal estadual de Nova York, em Manhattan, disse que não poderia "em sã consciência" permitir que Trump prosseguisse com um pedido de anulação do julgamento que era "totalmente sem mérito".
James acusou Trump, seus filhos adultos, sua empresa e outros réus de manipular demonstrações financeiras, valores de ativos e o patrimônio líquido de Trump para fraudar bancos e seguradoras.
Ela está pedindo 250 milhões de dólares em multas e quer que Trump seja impedido de participar de negócios imobiliários no Estado de Nova York, entre outras medidas. O julgamento começou no início de outubro.
A tentativa de Trump de anular o julgamento tinha sido um tiro no escuro, dadas as conclusões anteriores de Engoron de que as demonstrações financeiras de Trump eram fraudulentas e as defesas do juiz à sua assistente.
“Como esperado, hoje o tribunal se recusou a assumir a responsabilidade por não ter conduzido este caso de forma imparcial e isenta de vieses”, disse Alina Habba, advogada de Trump, em um comunicado. “Nós, no entanto, continuamos implacáveis e continuaremos a lutar pelo direito dos nossos clientes a um julgamento justo.”
Trump é o favorito à nomeação presidencial republicana para desafiar o presidente democrata Joe Biden nas eleições de novembro de 2024.
(Reportagem de Jonathan Stempel e Ismail Shakil)