BRASÍLIA (Reuters) - Tesoureiro da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o ex-deputado Edinho Silva será o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, informou nesta sexta-feira o Palácio do Planalto em nota.
Edinho assume o posto no lugar de Thomas Traumann, que deixou o cargo na última quarta-feira. Sociólogo e professor, Edinho também foi presidente do PT de São Paulo e por duas vezes prefeito de Araraquara.
O novo ministro deve ter um papel mais político do que seus antecessores, segundo uma fonte do Palácio do Planalto ouvida pela Reuters. A posse está marcada para o dia 31 de março.
O secretário de imprensa, Olímpio Cruz, permanecerá no cargo e deve comandar os contatos mais frequentes com a imprensa, segundo essa fonte, que falou sob condição de anonimato. Ainda não está definido, no entanto, se o novo ministro escolherá um porta-voz oficial da presidente.
A saída de Traumann ocorreu após o vazamento de documento creditado à Secom com críticas à comunicação do governo, que seria "errada e errática". Segundo a análise feita, haveria um "caos político" na gestão petista.
Dilma disse a jornalistas que o documento, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, não era "oficial" e que não tinha sido discutido pelo Executivo.
Traumann havia assumido o cargo no começo de 2014, quando a jornalista Helena Chagas deixou o posto. Ele foi o terceiro ministro a sair do cargo depois que a presidente tomou posse do segundo mandato este ano.
Também deixaram o governo Marcelo Nery, ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, e Cid Gomes, ex-ministro da Educação. Nery foi substituído por Mangabeira Unger.
Nos próximos dias, Dilma deve escolher um novo ministro da Educação. Ainda é aguardada, no PMDB, a nomeação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves para um ministério. O mais provável é que ele assuma a pasta do Turismo, segundo disse uma fonte do partido à Reuters sob condição de anonimato.
(Por Maria Carolina Marcello, com reportagem adicional de Jeferson Ribeiro)