CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou 262 pessoas a sentenças que variam de três anos a prisão perpétua nesta terça-feira por crimes relacionados à segurança durante protestos em 2013 contra a deposição do ex-presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, disseram fontes judiciais.
Eles foram acusados de causar as mortes de dois policiais durante confrontos na praça Al-Nahda, em Giza, no sul do Cairo, assim como outras acusações como tentativa de homicídio e vandalismo.
Dezessete pessoas foram sentenciadas à prisão perpétua, 223 receberam penas de 15 anos e outros 22 acusados receberam três anos.
O tribunal absolveu outros 115 acusados no mesmo caso.
A praça Al-Nahda foi um dos dois lugares onde simpatizantes de Mursi se reuniram nas semanas seguintes à sua deposição pelas Forças Armadas em julho de 2013, num movimento liderado pelo então general e hoje presidente Abdel Fattah al-Sisi. Sisi foi eleito em 2014 e deve buscar um segundo mandato em uma eleição em março deste ano.
As autoridades puseram fim aos dois protestos --nas praças Al-Nahda e Rabaa-- em agosto de 2013, matando centenas de manifestantes. Os protestos foram proibidos pouco depois de o governo dispersar as duas manifestações pró-Mursi e várias pessoas foram presas.
Centenas de simpatizantes de Mursi foram presos e processados desde sua deposição. O Egito proibiu a existência da Irmandade Muçulmana, classificando-a de organização terrorista.
(Reportagem de Haitham Ahmed)