CAIRO (Reuters) - O Egito prorrogará o estado de emergência vigente em toda a nação por três meses a partir de 13 de janeiro, medida que visa ajudar a enfrentar "os perigos e o financiamento do terrorismo", relatou a agência estatal de notícias Mena nesta terça-feira.
O Egito impôs o estado de emergência inicialmente em abril, depois que duas explosões em igrejas mataram ao menos 45 pessoas, renovando a medida em julho e novamente em outubro.
O presidente Abdel Fattah al-Sisi, que muitos acreditam que se candidatará para um segundo mandato em uma eleição que deve ocorrer ainda este ano, emitiu um decreto nesta terça-feira para prorrogar o estado de emergência.
A prorrogação mais recente almeja permitir que as forças de segurança "adotem (medidas) necessárias para confrontar os perigos e o financiamento do terrorismo e salvaguardar a segurança em todas as partes do país", noticiou a Mena, citando o diário oficial egípcio.
O Egito enfrenta uma insurgência do Estado Islâmico na região remota do Sinai do Norte que já matou centenas de soldados e policiais nos últimos anos e passou a incluir ataque contra civis.
Outros islâmicos que operam no deserto ocidental que faz fronteira com a Líbia também atacaram forças de segurança.
Ataques cometidos na semana passada ao sul do Cairo, um deles reivindicado pelo Estado Islâmico, visaram cristãos. A data da eleição deve ser anunciada na próxima segunda-feira, relatou a mídia local.
(Por Ahmed Tolba e John Davison)