Por Philip Pullella
ULAANBAATAR (Reuters) - O papa Francisco enviou saudações à China neste domingo chamando seus cidadãos de "um povo nobre" e pediu aos católicos do país que sejam "bons cristãos e bons cidadãos" em sua mais recente abertura do país comunista para aliviar as restrições à religião.
Nos comentários finais de uma missa ocorrida na capital da Mongólia, Francisco convocou os antigos e atuais arcebispos de Hong Kong, o cardeal John Tong Hon e o arcebispo Stephen Chow, para reforçar seu discurso.
"Eu gostaria de aproveitar a presença destes dois irmãos bispos -- o emérito de Hong Kong e o atual bispo de Hong Kong -- para saudar calorosamente o nobre povo chinês", falou Francisco em italiano.
"Desejo o melhor para toda a população (chinesa) para seguir em frente e progredir sempre. E aos católicos chineses peço que sejam bons cristãos e bons cidadãos", disse.
Francisco falou ao final de um evento sem precedentes onde ele e quase toda a população católica do país estavam reunidos no mesmo local.
Em sua viagem à Mongólia, que termina na segunda-feira, o papa visita uma comunidade católica que tem apenas 1.450 pessoas.
No sábado, em palavras que pareciam dirigidas à China e não à Mongólia, Francisco disse que os governos não devem temer a Igreja Católica porque ela não tem agenda política.
Pequim tem seguido uma política de "Sinicização" da religião, tentando erradicar as influências estrangeiras e impor a obediência ao Partido Comunista.