BRASÍLIA (Reuters) - Em nova manifestação, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retirou a menção a partidários do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, no episódio da invasão à embaixada da Venezuela no Brasil nesta quarta-feira.
“O presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da embaixada da Venezuela”, disse a nova nota divulgada pelo GSI --na anterior havia menção a partidários de Guaidó.
Mais cedo, um grupo de venezuelanos ligados a Guaidó entrou na embaixada do país em Brasília, segundo eles, depois de terem tido o acesso liberado por servidores da representação, enquanto diplomatas ligados ao governo de Nicolás Maduro acusaram os ocupantes de terem invadido o local.[nL2N27T0ID]
Na nota, o GSI disse que, diante dos "fatos desagradáveis" que estão acontecendo na embaixada da Venezuela em Brasília, "as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade".
A nota do GSI afirmou ainda que, "como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade".
O ato ocorre no momento em que a capital do país sedia a Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, índia, China, África do Sul), com Brasília tomada por um alto grau de segurança. A Venezuela promete ser um ponto de divergência entre os países, uma vez que governo Bolsonaro apoia Guaidó, mas Rússia e China mantêm relações com Maduro.
(Reportagem de Ricardo Brito)