Por Alexander Cornwell
ABU DHABI (Reuters) - O enviado de Donald Trump para o Oriente Médio advertiu na segunda-feira, durante uma visita à região, que "não será um dia bonito" se os reféns mantidos em Gaza não forem libertados antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos.
Steve Witkoff, que assumirá formalmente o cargo quando o governo de Trump começar, disse que espera e reza para que haja um cessar-fogo em Gaza entre o grupo militante palestino Hamas e Israel antes da posse de Trump em 20 de janeiro.
"Vocês ouviram o que o presidente disse, é melhor que eles sejam libertados", declarou ele, referindo-se a Trump.
"Ouçam o que o presidente tem a dizer. Não será um dia bonito se eles não forem libertados", acrescentou Witkoff, em resposta a perguntas da Reuters à margem de uma conferência sobre bitcoin na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi.
O presidente eleito Trump disse nas redes sociais na semana passada que haverá "um inferno para pagar" se os reféns não forem libertados antes de sua posse.
Militantes liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas e capturaram mais de 250, incluindo cidadãos israelenses-americanos com dupla nacionalidade, durante o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, de acordo com os registros israelenses.
Mais de 100 reféns foram libertados por meio de negociações ou operações militares israelenses de resgate. Dos 101 ainda mantidos em Gaza, acredita-se que cerca de metade esteja viva.
Mais de 44.700 pessoas foram mortas no ataque que Israel lançou em Gaza em resposta, segundo as autoridades do território administrado pelo Hamas. Teme-se que milhares de outras pessoas estejam mortas sob os escombros.
Witkoff falou anteriormente para um público na conferência sobre Bitcoin, onde os participantes pagaram até 9.999 dólares para acessar sessões especiais, que são fechadas para a mídia.