QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Lenín Moreno, deu na quinta-feira a um grupo insurgente colombiano 12 horas para provar que dois jornalistas e seu motorista, sequestrados no mês passado na área de fronteira entre os dois países, estão vivos, ou suas forças de segurança tomarão ações conjuntas contra eles.
Moreno voltou a Quito vindo de uma cúpula regional no Peru, após relatos não confirmados de que o repórter do jornal El Comercio Javier Ortega, o fotógrafo Paul Rivas e o motorista Efrain Segarra foram mortos por um grupo de ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Sem especificar qual ação seria tomada se o prazo não fosse cumprido, Moreno disse que havia conversado com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pedindo que ele lidasse de maneira contundente com o grupo, que se financia através do tráfico ilegal de cocaína.
"Eu dou a esses narcotraficantes 12 horas para nos dar provas da existência de nossos compatriotas, caso contrário nós vamos agir com toda contundência", disse a repórteres.
Juan Manuel Santos disse em sua conta no Twitter que Moreno poderia contar com o apoio das Forças Armadas da Colômbia.
Na quarta-feira, um comunicado aparentemente emitido pela Frente Oliver Sinisterra --uma facção do ex-grupo rebelde Farc que se recusou a aderir a um acordo de paz em 2016-- informou que os equatorianos haviam morrido em uma tentativa de resgate.
Os jornalistas e seu motorista estavam a trabalho para o jornal El Comercio quando foram sequestrados.
(Reportagem de Alexandra Valencia em Quito)