QUITO (Reuters) - O Equador restringirá a partir desta segunda-feira o acesso de turistas às Ilhas Galápagos na tentativa de evitar que o coronavírus chegue ao arquipélago, considerado um dos sítios naturais com maior biodiversidade do planeta.
A medida é parte de um conjunto de ações anunciadas pelo governo, como a restrição de entrada de pessoas do exterior no país desde domingo, a interdição parcial da fronteira terrestre e, desde terça-feira, a proibição parcial de circulação interna.
"A partir de hoje, segunda-feira, 16 de março, vige a restrição completa do ingresso de visitantes ao Parque Nacional e à Reserva Marinha de Galápagos", disse o Ministério do Meio Ambiente em um comunicado publicado em sua conta de Twitter, sem dar maiores detalhes.
"Esta decisão é tomada... após a avaliação da afluência de visitantes locais, nacionais e estrangeiros que acodem diariamente aos locais de visita nas áreas protegidas das Ilhas Galápagos", acrescentou.
O vice-presidente, Otto Sonnenholzner, admitiu no final de semana que as ilhas não têm capacidade sanitária para atender de maneira adequada casos de coronavírus. O governo não confirmou contágios nas ilhas.
Ainda nesta segunda-feira, o Equador comunicou 58 casos --no domingo eram 37-- dos quais dois faleceram por causa do vírus, segundo dados do Serviço de Gestão de Riscos.
Galápagos recebeu cerca de 270 mil turistas, entre nacionais e estrangeiros, durante 2019, segundo dados oficiais.
Nas Ilhas Galápagos, que serviram de base para a teoria da evolução das espécies do cientista britânico Charles Darwin no século 19, habita uma grande variedade de tartarugas, flamingos e albatrozes, entre outros, e uma grande riqueza de flora e fauna marinhas.
(Por Alexandra Valencia)