Por Zachary Fagenson
MARSH HARBOUR, Bahamas (Reuters) - Equipes de resgate continuavam a procurar corpos e sobreviventes nesta segunda-feira após a devastação causada pelo furacão Dorian nas Bahamas, enquanto agências de ajuda humanitária trabalhavam para distribuir alimentos e suprimentos em meio a vias inundadas e escombros.
Ao menos 45 pessoas morreram quando o furacão atingiu as Bahamas em 1º de setembro, deslocando carros e aviões como se fossem brinquedos, além de destruir casas, de acordo com a polícia local.
O Dorian foi uma das tempestades caribenhas mais poderosas já registradas, um furacão de categoria 5 com ventos de 320 quilômetros por hora. O fenômeno se concentrou nas Bahamas durante cerca de dois dias, tornando-se o pior desastre na história da nação.
Vastas áreas da ilha Grande Ábaco foram destruídas. Os jornalistas da Reuters viram equipes de busca utilizando a tecnologia de identificação geográfica para marcar a localização dos corpos em Mudd, uma das regiões mais afetadas de Marsh Harbour naquela ilha.
Milhares de pessoas se deslocaram à capital, Nassau, onde abrigos contra tempestades ainda se esforçavam, uma semana depois da tempestade, para receber os cidadãos que vieram das áreas mais atingidas. Centenas de pessoas se dirigiram aos Estados Unidos em busca de segurança e recursos.
A alta comissária dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, iniciou nesta segunda-feira uma sessão do conselho de Direitos Humanos em Genebra com um minuto de silêncio em respeito às vítimas do furacão.
"Nações de pequenas ilhas estão entre aquelas que sofrem os maiores efeitos catastróficos da mudança climática, embora elas contribuam muito pouco com o agravamento do problema", disse Bachelet. "Apenas na semana passada, outro furacão devastador atingiu as Bahamas, causando um terrível prejuízo à vida humana e destruindo preciosos ganhos de desenvolvimento."
Cerca de 70 mil pessoas ainda precisam de comida e abrigo, estima o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Analistas privados estimam que cerca de 3 bilhões de dólares em bens segurados foram destruídos ou danificados no Caribe.