Por Nathan Allen
MADRI (Reuters) - Um tribunal espanhol manteve três pessoas sob custódia nesta sexta-feira, suspeitos de terem espancado um homem até a morte no último fim de semana, no que se presume ter sido um ataque homofóbico que gerou manifestações em massa na Espanha.
Seis pessoas foram presas até agora em conexão com o assassinato do assistente de enfermagem Samuel Luiz, 24, nascido no Brasil, no lado de fora de uma boate na cidade de La Coruña, norte do país, no último sábado.
Quatro dos suspeitos apareceram no começo desta sexta-feira diante da juíza, que considerou que havia risco que três deles fugissem e tentassem destruir evidências, segundo documentos do tribunal.
Ela ordenou que os três fossem detidos provisoriamente sem direito a fiança, segundo o documento.
O advogado de um dos suspeitos, José Ramón Sierra, afirmou que seu cliente era inocente que o motivo por trás do ataque não estava claro.
Separadamente, a polícia espanhola deteve na sexta-feira dois menores de idade suspeitos de envolvimento no assassinato, levando o total de prisões em relação com o caso a seis, afirmou a instituição em sua conta no Twitter.
O assassinato gerou revolta ao redor da Espanha, com manifestações nas maiores cidades.
Testemunhas entrevistadas pela emissora TVE disseram que os agressores gritaram ofensas homofóbicas durante o espancamento, que coincidiu com as comemorações do Dia do Orgulho Gay no fim de semana.