Por Guy Faulconbridge e Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - A polícia britânica informou nesta quarta-feira que o ex-agente duplo russo Sergei Skripal e sua filha, envenenados por uma toxina nervosa em um ataque pelo qual o Reino Unido culpou Moscou, podem ter sido expostos à substância na porta da frente de sua casa.
“Especialistas identificaram a concentração mais alta do agente nervoso, até a presente data, na porta da frente do endereço”, informou a Scotland Yard em comunicado.
“Neste ponto de nossa investigação, nós acreditamos que os Skripal tiveram primeiro contato com o agente nervoso a partir de sua porta da frente”, disse o chefe do Comando Antiterrorismo da Polícia Metropolitana, Dean Haydon, segundo o site da polícia.
“Nós estamos focando grande parte de nossos esforços no endereço deles e arredores.”
Acusações feitas por Londres de que o ataque contra Skripal, um ex-oficial da inteligência militar de 66 anos que traiu dezenas de agentes russos pelo Reino Unido, teria sido trabalho de Moscou foram negadas pela Rússia.
Mas a questão levou as relações de Moscou com o Ocidente para uma nova baixa pós-Guerra Fria com governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, expulsando dezenas de diplomatas russos.
Moscou ameaçou tomar ação retaliatória.
Skripal e sua filha Yulia, de 33 anos, estão em estado crítico desde que foram encontrados inconscientes em um banco público na cidade inglesa de Salisbury em 4 de março. Um juiz britânico disse que eles podem ter sofrido lesões cerebrais permanentes.