Por Ellen Francis
BAGHOUZ, Síria (Reuters) - O Estado Islâmico enfrenta uma derrota territorial final, com forças sírias apoiadas pelos Estados Unidos que combatem os jihadistas dizendo neste sábado que estavam se aproximando do último bastião dos jihadistas perto da fronteira com o Iraque, encerrando quatro anos de conflito para reprimir o grupo.
Enquanto a queda de Baghouz, um vilarejo oriental da Síria às margens do rio Eufrates, deve ser um marco em uma campanha global contra o Estado Islâmico, os militantes continuam sendo uma ameaça, usando táticas de guerrilha e mantendo o controle sobre algumas terras desertas mais a oeste.
Uma série de inimigos, tanto locais quanto internacionais, passaram a combater o EI depois que ele declarou um "califado" moderno em 2014 em grandes áreas de território que tomou em ofensivas na Síria e no vizinho Iraque.
Milhares de combatentes do EI, seguidores e civis que se refugiaram em Baghouz conforme o grupo foi sendo gradualmente expulso dessas áreas deixaram o pequeno aglomerado de aldeias e fazendas na província de Deir al-Zor nas últimas semanas.
A evacuação segurou o ataque final até sexta-feira à noite, quando as Forças Democráticas Sírias (SDF) disseram que haviam avançado e que não parariam até que os jihadistas fossem derrotados.
"Esperamos que termine logo", disse à Reuters Mustafa Bali, porta-voz da SDF, logo após o nascer do sol. Ele afirmou que a SDF estava avançando em duas frentes usando armamentos médios e pesados.
O EI respondeu com drones e foguetes. Sete combatentes da SDF foram feridos até agora, disse o comandante Adnan Afrin.
A SDF estimou anteriormente que centenas de insurgentes do Estado Islâmico - em sua maioria estrangeiros - ainda estariam em Baghouz, e a coalizão internacional liderada pelos EUA os descreveu como os militantes "mais aguerridos".
O avanço final da SDF foi retardado por semanas pelo uso intesivo pelos jihadistas de túneis e escudos humanos. Não foi descartada a possibilidade de que alguns militantes tenham se escondido entre civis.