DUBAI (Reuters) - O Estado Islâmico condenou neste domingo como "apóstata" um soldado norte-americano muçulmano morto no Iraque cuja história reiniciou na eleição presidencial de 2016 o debate sobre o papel dos muçulmanos na vida dos Estados Unidos.
Dabiq, a revista online do grupo militante, mostrou uma foto da lápide do capitão Humayun Khan do exército norte-americano no cemitério nacional de Arlington com uma legenda: "Cuidado em morrer como um apóstata."
Um artigo que acompanha a imagem, escrito por um "norte-americano convertido para o Estado islâmico" anônimo, pedia aos muçulmanos para resistirem a influências ocidentais e também migrarem para terras controladas pelo Estado Islâmico ou realizarem ataques solitários.
"Rejeite essas chamadas para a desunião e venha junto. Viva a vida do Islã, para o qual você já deixou o caminho de falsidade", escreveu o militante.
"Você está por trás das linhas inimigas, capaz de atacá-los onde dói mais neles", acrescentou o texto.
A morte de Khan em um ataque a bomba no Iraque em 2004 reapareceu como uma questão eleitoral quando seu pai fez um discurso na Convenção Nacional Democrata na quinta-feira em que homenagem ao seu filho.
(Reportagem de Noah Browning)