🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

Estado Islâmico mostra refém sendo queimado vivo e Jordânia promete vingança

Publicado 03.02.2015, 19:38
Atualizado 03.02.2015, 19:40
© Reuters. Imagem de rede social mostra homem que seria refém do Estado Islâmico em jaula

Por Suleiman Al-Khalidi

AMÃ (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico divulgaram um vídeo nesta terça-feira em que parecem mostrar um piloto jordaniano capturado sendo queimado vivo, e a Jordânia prometeu se vingar de sua morte.

A Reuters não pôde confirmar imediatamente a veracidade do conteúdo do vídeo, que mostra um homem com as características do piloto Mouath al-Kasaesbeh em pé em uma gaiola preta antes de ficar em chamas. Mas a reação das autoridades jordanianas deixou claro que elas consideram o vídeo legítimo.

"A vingança vai ser tão grande quanto a calamidade que atingiu a Jordânia", disse o porta-voz do Exército, coronel Mamdouh al Ameri, em um pronunciamento transmitido pela TV, confirmando a morte do piloto, que foi capturado em dezembro quando seu avião caiu sobre a Síria.

Um porta-voz do governo disse em comunicado que a Jordânia entregaria uma resposta "forte, abaladora e decisiva".

O destino de Kasaesbeh, membro de uma ampla tribo que integra a espinha dorsal da base de apoio da monarquia Hachemita, deixou a Jordânia apreensiva por várias semanas e provocou raros protestos contra o rei Abdullah devido ao modo como o governo lidou com a crise.

O rei encurtou uma visita aos Estados Unidos para retornar ao seu país. Em declaração na TV, ele disse que a morte do piloto foi um ato de "terror covarde" feito por um grupo que não tem relação com o Islã.

O chefe das Forças Armadas jordanianas foi quem revelou a notícia para os familiares do piloto, disse um parente à Reuters.

A Jordânia havia dito na semana passada estar disposta a entregar uma iraquiana detida por seu papel em um ataque suicida de 2005 em Amã em troca da libertação do piloto pelo Estado Islâmico.

Mas a TV jordaniana informou nesta terça-feira que o piloto foi morto há um mês, em 3 de janeiro.

Uma fonte de segurança do país disse que a iraquiana será executada "dentro de horas".

A Casa Branca disse que a comunidade de inteligência estava tentando determinar quando o vídeo foi gravado e o presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou a seus subordinados que dediquem todos os recursos disponíveis para localizar outros reféns mantidos pelo Estado Islâmico.

Obama disse que o vídeo, caso seja real, iria redobrar a determinação da aliança liderada pelos EUA para deteriorar e destruir o Estado Islâmico. Ele afirmou que esse seria mais um sinal da "depravação e barbaridade" dos militantes.

SEQUÊNCIA DE VÍTIMAS

No vídeo, o homem queimado usava as mesmas vestimentas laranjas utilizadas por outros prisioneiros estrangeiros do Estado Islâmico que foram mortos desde que uma coalizão liderada pelos EUA começou a bombardear os militantes em julho passado. 

O Estados Islâmico já divulgou vídeos mostrando as decapitações de cinco reféns britânicos e norte-americanos e alegou ter assassinado dois prisioneiros japoneses da mesma maneira. O grupo tem dispensado o mesmo tratamento a muitos outros prisioneiros árabes, incluindo soldados do governo sírio.

Os militantes subiram o tom da selvageria nos assassinatos ao mesmo tempo em que passaram a ser pressionados cada vez mais por ataques aéreos liderados pelos EUA, assim como por uma ofensiva de tropas curdas e iraquianas, que lutam para recuperar territórios na Síria e no Iraque.

No vídeo do Estado Islâmico, o piloto jordaniano Kasaesbeh é entrevistado, descrevendo qual era a missão que deveria cumprir antes da queda de seu avião. O vídeo também mostrou filmagens das consequências dos ataques aéreos, com pessoas tentando retirar civis de dentro de escombros.

Um homem com a aparência de Kasaesbeh é visto dentro de uma gaiola com suas roupas encharcadas, aparentemente com líquido inflamável, e um dos homens mascarados segura uma tocha, com a qual acende uma linha de combustível que leva até a gaiola.

O homem se ajoelha ao ser engolido pelas chamas.

Militantes então despejam destroços, incluindo entulhos, sobre a gaiola, que é depois esmagada por uma escavadeira com corpo ainda no interior. O vídeo mostra um cenário desértico similar a filmagens anteriores de execuções.

© Reuters. Imagem de rede social mostra homem que seria refém do Estado Islâmico em jaula

O Estado Islâmico surgiu a partir do conflito entre muçulmanos sunitas e xiitas no Iraque e da guerra civil na Síria, em que estimadas 200 mil pessoas foram mortas desde 2011.

O grupo de monitoramento Observatório Sírio de Direitos Humanos disse nesta terça-feira que 51 civis, incluindo crianças, foram mortos desde segunda por ataques da Força Aérea síria dentro do próprio país.

(Reportagem adicional de Omar Fahmy no Cairo; Oliver Holmes, Tom Perry e Mariam Karouny em Beirute; e Julia Edwards em Washington)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.