(Reuters) - Veja um resumo dos principais filmes que estreiam nos cinemas do país nesta semana:
"CARROS 3"
- Na terceira aventura da série de animação “Carros”, Relâmpago McQueen precisa aceitar que a idade chegou, e talvez seja a hora de passar o bastão. Ele já não corre mais como antes nas pistas, e acaba sendo afastado das competições.
Tentando recuperar sua rapidez e esperteza, conta com a ajuda de uma treinadora, Cruz Ramirez, que é um carro moderno e conhecedor das novas tecnologias. Até chegar à Copa do Pistão, a dupla enfrentará diversas dificuldades, como uma luta pela sobrevivência num desmanche de carros.
Apesar da nova personagem carismática, o filme demora a se encontrar, em cerca de 100 minutos. É tempo demais para uma história batida e previsível -- nada que, no entanto, desestimule o público-mirim, que deverá sair do cinema ávido pelos novos carrinhos, cumprindo a razão de ser da franquia.
"TOUR DE FRANCE"
- “Tour de France”, de Rachid Djaïdani, aborda um dos grandes conflitos da França multiétnica de hoje, colocando como protagonistas um jovem rapper de origem árabe, Far’Hook (o rapper Sadek), e um velho ex-operário reacionário, Serge (Gérard Depardieu).
Neste filme de estrada, o veículo em que os dois vão conviver, depois que Serge precisa aceitar o rapaz como seu motorista, é um caminhão bem precário. Inevitavelmente, Serge e Far’Hook vão conversar e compartilhar emoções, inclusive quando os dois enfrentam a polícia, num incidente que, a princípio, visava apenas Far’Hook.
As letras do rapper, compostas ao longo do caminho, retratam as fases desta viagem de crescimento para ambos.
"FALA COMIGO"
- Premiado como melhor filme no Festival do Rio 2016, “Fala Comigo”, primeiro longa do diretor e roteirista Felipe Sholl, é uma história de amor provocativa entre o adolescente de 17 anos Diogo (Tom Karabachian) e a quarentona Ângela (Karine Teles, também premiada no Rio).
Diogo é filho da terapeuta Clarice (Denise Fraga) e adquiriu o hábito, sem que ela saiba, de telefonar às suas pacientes à noite, enquanto se masturba. Uma noite, ele liga para Ângela.
Pensando que o interlocutor mudo é seu ex-marido, a mulher se derrama em confissões, que despertam a curiosidade do rapazinho. Um incidente acaba colocando-os frente a frente e o relacionamento evolui. Mas o mundo lá fora também vai interferir na inusitada história de amor.
"CARTAS DA GUERRA"
- O drama “Cartas da Guerra” parte de correspondências entre o escritor português António Lobo Antunes e sua primeira mulher enquanto ele estava em Angola, nos anos de 1970, nas guerras coloniais. Com uma bela fotografia em preto e branco, o longa foi adaptado e dirigido por Ivo Ferreira.
Combinando a experiência pessoal do protagonista (Miguel Nunes), um jovem médico militar, com a vivência histórica da guerra de independência, este é um filme sobre o amor e a saudade, tendo como fundo o passado colonial português. Exibido no Festival de Berlim de 2016, o longa tem um ritmo semelhante ao da literatura de Lobo Antunes.
Sua maior proeza é apropriar-se da figura do escritor e transformá-lo em personagem, fugindo de uma mera adaptação da vida de um homem famoso. É uma estratégia arriscada, mas bem-realizada e trazendo profundidade ao filme.
"GATOS"
- Nascida e criada em Istambul até os 11 anos, a diretora Ceyda Torun revela no documentário “Gatos” a relação especial que sua cidade natal mantém com os felinos -- e que ela, radicada nos EUA, garante não ter encontrado em outro lugar no mundo.
Os personagens do filme são sete gatos, todos com seus respectivos nomes, cuja rotina diária é acompanhada através de câmeras colocadas no seu nível de olhar, para expor seu ponto de vista, e também de drones, capazes de dar conta de espetaculares tomadas aéreas que materializam para os espectadores os trajetos dos felinos pelos telhados da maior cidade turca.
Além disso, são entrevistados alguns protetores dos gatos, como um homem e uma mulher que diariamente fazem longas caminhadas para cuidar de dezenas deles.
(Por Neusa Barbosa e Alysson Oliveira, do Cineweb)
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