Por Alexander Cornwell e Daren Butler
DUBAI/ISTAMBUL (Reuters) - Os Estados Unidos suspenderam a proibição de laptops e outros aparelhos eletrônicos de grande porte a bordo em voos de Dubai e Istambul com destinos norte-americanos, disseram a Emirates e a Turkish Airlines nesta quarta-feira.
Os anúncios ocorreram três dias depois de a proibição ser suspensa em voos da Etihad Airways aos EUA partindo do Aeroporto Internacional de Abu Dhabi.
A interdição em voos para os EUA que saem do Dubai International, o aeroporto mais movimentado do mundo para viagens internacionais, foi revogada depois que novas medidas de segurança anunciadas pelos EUA na semana passada foram implantadas, disse uma porta-voz da Emirates em um comunicado.
A Emirates, maior empresa aérea do Oriente Médio que voa para 12 cidades norte-americanas, atribui uma queda na procura por voos para os EUA às restrições de viagem impostas pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Em maio a companhia sediada em Dubai reduziu seus voos para cinco destinos dos EUA, mas desde então disse que a demanda começou a voltar em algumas rotas.
Já a Turkish Airlines disse em um comunicado que agora os passageiros rumo aos EUA podem levar seus laptops a bordo.
Emirates e Turkish Airlines são as únicas linhas aéreas que operam voos diretos de Dubai e Istambul, respectivamente, para os Estados Unidos.
O diretor-executivo da Turkish Airlines, Bilal Eksi, também tuitou que a companhia acredita que restrições semelhantes em voos para o Reino Unido serão suspensas em breve.
Autoridades norte-americanas e britânicas realizaram inspeções de medidas de segurança no Aeroporto Ataturk de Istambul na terça-feira, relatou a agência de notícias Dogan mais cedo.
Não havia nenhum comentário disponível de imediato das autoridades dos EUA sobre a suspensão da proibição em Dubai e Istambul. A interdição do Reino Unido não se aplica a voos de Dubai e Abu Dhabi.
Funcionários de segurança foram vistos examinando laptops de passageiros no Aeroporto Ataturk nesta quarta-feira após a anulação das restrições.
Os EUA impuseram em março a proibição em voos diretos partindo de 10 aeroportos de oito países – Egito, Marrocos, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kuwait, Catar e Turquia – devido ao temor de que bombas pudessem ser ocultas em aparelhos eletrônicos levados para a cabine de passageiros.