Por Ben Blanchard
TAIPÉ (Reuters) - Os Estados Unidos pediram à China neste domingo que interrompa atividades militares "provocativas" perto de Taiwan, após a ilha enviar jatos para alertar cerca de 100 aeronaves militares chinesas que entraram em sua zona de defesa aérea.
Taiwan, ilha governada democraticamente e que é reivindicada pela China, já reclama há mais de um ano das repetidas missões da Força Aérea da China nas proximidades de seu território, geralmente na parte sudoeste de sua zona de defesa aérea perto das Ilhas Pratas, de controle taiuanês.
Na sexta-feira, sábado e novamente neste domingo, o ministério da defesa de Taiwan informou que a Força Aérea da China havia enviado aeronaves para a região, com 39 delas apenas no sábado, o maior número já constatado até agora.
"Os Estados Unidos estão muito preocupados com a atividade militar provocativa da República Popular da China perto de Taiwan, que é uma manobra desestabilizadora, arriscada e que prejudica a paz e a estabilidade regional", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em comunicado.
"Pedimos a Pequim que interrompa sua pressão militar, diplomática e econômica e a coerção contra Taiwan."
Os EUA têm interesse permanente na paz e na estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e continuarão a ajudar Taiwan a manter uma "capacidade suficiente de autodefesa", acrescentou Price.
"O compromisso dos EUA com Taiwan é sólido como uma rocha e contribui para a manutenção da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e na região."
A China ainda não fez declarações sobre as atividades e não está claro o que pode ter levado Pequim a decidir realizar as missões, embora sexta-feira tenha sido o Dia Nacional do país, um feriado patriótico que marca a fundação da República Popular.
O ministério da defesa de Taiwan alegou que enviou aeronaves de combate para alertar as aeronaves chinesas, enquanto os sistemas de mísseis foram implantados para monitorá-los.
Taiwan diz que é um país independente e que defenderá sua liberdade e democracia.