WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden está perto de finalizar um tratado com a Arábia Saudita que comprometeria os EUA a ajudar a defender a nação do Golfo como parte de um acordo destinado a incentivar os laços diplomáticos entre Riad e Israel, informou o Wall Street Journal no domingo, citando autoridades americanas e sauditas.
O possível acordo, amplamente anunciado pelos EUA e por outras autoridades durante semanas, faz parte de um pacote mais amplo que incluiria um pacto nuclear civil entre os EUA e a Arábia Saudita, medidas para o estabelecimento de um Estado palestino e o fim da guerra em Gaza, onde meses de esforços de cessar-fogo não conseguiram trazer a paz.
A aprovação do tratado, que, segundo o WSJ, seria conhecido como Acordo de Aliança Estratégica, exigiria uma maioria de dois terços de votos no Senado dos EUA, um patamar que seria difícil de alcançar, a menos que o tratado estivesse vinculado à normalização israelense-saudita.
O esboço do tratado é modelado livremente no pacto de segurança mútua de Washington com o Japão, segundo o jornal, citando autoridades americanas e sauditas.
Em troca do compromisso dos EUA de ajudar a defender a Arábia Saudita em caso de ataque, o projeto de tratado concederia a Washington acesso ao território e ao espaço aéreo sauditas para proteger os interesses dos EUA e de seus parceiros regionais, informou o jornal.
A intenção é também aproximar Riad de Washington, proibindo a China de construir bases no reino ou de buscar cooperação de segurança com Riad, segundo o WSJ, citando autoridades.
A Casa Branca, o Departamento de Estado dos EUA e a embaixada saudita em Washington não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.