Por Phil Stewart e Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - As forças militares dos Estados Unidos estão "aumentando" os suprimentos de defesas aéreas, armamentos e outros tipos de assistência de segurança para Israel, a fim de ajudá-lo a responder a um ataque sem precedentes do Hamas no fim de semana, disse um autoridade de alto escalão da defesa dos Estados Unidos nesta segunda-feira.
"Os aviões já decolaram", disse a autoridade, falando sob condição de anonimato, a repórteres no Pentágono.
"Estamos aumentando o apoio a Israel... Permanecemos em contato constante com nossos pares em Israel para determinar e apoiar suas necessidades mais urgentes."
Os Estados Unidos ainda não detalharam a extensão das solicitações de Israel para assistência de segurança. Mas a autoridade de defesa dos EUA disse que Washington estava entrando em contato com a indústria de defesa para agilizar os pedidos israelenses pendentes e analisando os estoques das próprias Forças Armadas dos EUA para ajudar a preencher as lacunas israelenses.
A autoridade também pareceu descartar as preocupações de que os Estados Unidos poderiam ter dificuldades para fornecer a Israel ao mesmo tempo em que envia armamentos para a Ucrânia.
"Somos capazes de continuar nosso apoio à Ucrânia e a Israel e manter nossa própria prontidão global", disse a autoridade.
O grupo islâmico palestino Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel no sábado, matando centenas de israelenses e fazendo dezenas de reféns. O ataque levou Israel a declarar guerra, e a violência em espiral ameaça iniciar uma nova guerra de grandes proporções no Oriente Médio.
A autoridade sênior dos EUA comparou o ataque do Hamas a uma "selvageria no nível do Isis", uma caracterização que ecoa o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que também disse nesta segunda que o ataque do Hamas se espelhava naqueles realizados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que pelo menos 11 cidadãos norte-americanos estavam entre os mortos em Israel e acrescentou que cidadãos norte-americanos provavelmente estavam entre os reféns do Hamas.
"Orientei minha equipe a trabalhar com seus pares israelenses em todos os aspectos da crise dos reféns, incluindo o compartilhamento de inteligência", disse Biden em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
A autoridade sênior de defesa dos EUA disse que ainda não havia nenhuma evidência vista pelos Estados Unidos de que o Irã estivesse por trás do ataque em Israel, após uma reportagem do Wall Street Journal alegando que autoridades de segurança iranianas ajudaram a planejá-lo.
"É claro que o Irã está na cena. O Irã tem dado apoio há anos ao Hamas e ao Hezbollah. Mas não temos nenhuma informação que corrobore os detalhes da matéria do Wall Street Journal neste momento", disse a autoridade.
(Reportagem de Kanishka Singh e Phil Stewart em Washington)