WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão ao lado do povo de Cuba em seus apelos por liberdade e alívio da pandemia de coronavírus e de décadas de repressão, disse o presidente Joe Biden nesta segunda-feira.
Bradando "liberdade" e pedindo a renúncia do presidente Miguel Díaz-Canel, milhares de cubanos se uniram em protestos de rua de Havana a Santiago no domingo, as maiores manifestações contra o governo na ilha comunista em décadas.
"Estamos com o povo cubano em seu apelo por liberdade e alívio do flagelo trágico da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico aos quais ele é submetido pelo regime autoritário de Cuba", disse Biden em um comunicado.
Os protestos irromperam em meio à pior crise econômica de Cuba desde o fim da União Soviética, sua antiga aliada, e uma disparada recorde de infecções de coronavírus. Pessoas expressaram revolta com a escassez de produtos básicos, as limitações às liberdades civis e à maneira como as autoridades lidam com a pandemia.
"O povo cubano está afirmando bravamente direitos fundamentais e universais. Estes direitos, incluindo o direito ao protesto pacífico e o direito de determinar livremente seu próprio futuro, precisam ser respeitados", afirmou Biden.
"Os Estados Unidos pedem que o regime cubano ouça seu povo e atenda suas necessidades neste momento vital, ao invés de se enriquecer."
Ainda nesta segunda-feira, pouco antes de Biden emitir seu comunicado, Díaz-Canel culpou as sanções norte-americanas, que foram endurecidas nos últimos anos, por problemas econômicos como a escassez de remédios e blecautes que atiçaram protestos incomuns no final de semana.
(Por Doina Chiacu)