ATENAS/BEIRUTE/MOSCOU (Reuters) - Os Estados Unidos pediram à Grécia para negar à Rússia a utilização de seu espaço aéreo para voos de abastecimento para a Síria, disse uma autoridade grega nesta segunda-feira, depois de Washington ter expressado a Moscou profunda preocupação com os relatos de um fortalecimento militar russo na Síria.
O Ministério das Relações Exteriores grego informou que o pedido estava sendo analisado. A agência russa RIA Novosti disse mais cedo que a Grécia tinha recusado o pedido dos EUA, citando uma fonte diplomática, segundo a qual a Rússia estava buscando permissão para executar os voos até 24 de setembro.
A Rússia, que tem uma base naval no porto sírio de Tartous, enviou voos regulares para Latakia, que também tem usado para levar cidadãos russos de volta ao país.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou ao seu colega russo, Sergei Lavrov, no sábado que, se os relatos do fortalecimento militar fossem precisos, isso poderia resultar numa nova escalada da guerra e risco de confronto com a aliança liderada pelos Estados Unidos que está bombardeando o Estado Islâmico na Síria.
Lavrov disse a Kerry que era prematuro falar sobre a participação da Rússia nas operações militares na Síria, declarou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo à RIA Novosti nesta segunda-feira.
Lavrov confirmou que a Rússia sempre providenciou fornecimentos de equipamento militar para a Síria, dizendo que Moscou "nunca escondeu que oferece equipamento militar às autoridades sírias com o objetivo de combater o terrorismo".
(Por Renee Maltezou, Tom Perry e Lidia Kelly)