WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos propuseram que a informação genética de mais de 1 milhão de voluntários norte-americanos seja analisada, como parte de uma iniciativa para a compreensão de doenças que afetam os seres humanos e o desenvolvimento de tratamentos projetados para cada configuração genética individual.
No cerne da iniciativa de "medicina de precisão", anunciada nesta sexta-feira pelo presidente dos EUA, Barack Obama, está a criação de um banco de dados de pessoas –sadias e doentes, homens e mulheres, velhos e jovens- que seria estudado para se aprender como as variantes genéticas afetam a saúde e as patologias.
As autoridades esperam que os dados genéticos de várias centenas de milhares de participantes de estudos genéticos em andamento possam ser aproveitados, sendo novos voluntários recrutados para se chegar ao total de 1 milhão de indivíduos.
"A medicina de precisão nos dá uma das maiores oportunidades para novos avanços na medicina como nunca vimos", disse Obama, prometendo que a iniciativa "lança as bases para uma nova era de descobertas que salvam vidas."
A meta de curto prazo é criar mais e melhores tratamentos para o câncer, afirmou o diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, Dr. Francis Collins, a jornalistas durante uma teleconferência na quinta-feira. No longo prazo, disse ele, o projeto quer fornecer informações sobre como individualizar os tratamentos para uma série de doenças.
O foco inicial no câncer, disse ele, é um reflexo da mortalidade da doença e dos avanços significativos contra o câncer já alcançados pela medicina de precisão, embora novas pesquisas ainda sejam necessárias.
(Por Toni Clarke e Sharon Begley)