DUBAI/WASHINGTON (Reuters) - Um grupo de combatentes islâmicos do Iêmen renunciou a lealdade à Al Qaeda e jurou aliança ao chefe do Estado Islâmico, mas autoridades dos Estados Unidos lançaram dúvidas nesta quarta-feira sobre o significado desta declaração.
"Não está claro o quão credíveis são esses relatos e se eles vêm de uma facção da Aqap (sigla em inglês para Al Qaeda na Península Arábica) que não teria nenhuma significância", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
O anúncio, em mensagem publicada no Twitter e destacada pelo grupo de monitoramento Site, sediado nos EUA, foi feito após uma série de declarações similares proferidas por várias facções e indivíduos de diversos grupos filiados à Al Qaeda ao redor do mundo.
Autoridades norte-americanas da área de Segurança expressaram ceticismo acerca de tais alegações. Eles afirmaram que não se sabe até que ponto elas representam a visão dos grupos principais e disseram que não está claro se os militantes do Estado Islâmico desejam expandir sua atuação para além do território em que já combatem na Síria e no Iraque.
O Site não pôde confirmar imediatamente a veracidade do comunicado, atribuído a apoiadores da Aqap na região central do Iêmen e que dizia: "Juramos ouvir e obedecer ao califa dos seguidores de Ibrahim bin Awad al-Baghdadi (líder do Estado Islâmico)."
Nesta quarta-feira, uma conta no Twitter considerada por especialistas norte-americanos como sendo de um meio de comunicação não oficial da Aqap veiculou uma mensagem de um suposto apoiador da Aqap em que afirmava: "Não há verdade no que o 'Site norte-americano' publicou... Isso é uma mentira pura e simples."